sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Meinedo, Casa de Vila Pouca - O Vauxhall, a garagem e o alambique

 
 
 


Meinedo, Casa de Vila Pouca - O automóvel, a garagem e o alambique

 

 Nestas imagens, pretende-se recuar aos anos 40, 50, 60, do Séc. XX, para numa breve síntese explicar o que representavam os bens acima publicados, que são visualizados, nestas imagens.

            O automóvel, da marca VAUXHALL, modelo A12, que se vê na foto, (O Vauxhall, aqui representado, é apenas imagem de amostragem, para comparação), do veículo, daquela marca e modelo, de cor preta, que foi utilizado, nos anos 40 (séc. xx) e seguintes, pelo Professor Dr. Duarte Leite, (até ao fim dos seus dias) e por familiares, sabendo-se que este veículo, ainda continuou ao serviço, pelo menos, por mais duas décadas.

            Um dos condutores que conheço, actualmente com 85 anos, (sobrinho do anterior chauffeur, que deixou a condução por ter passado a exercer funções de feitor), disse-me, que conduziu o VAUHXALL, por longo período, logo após seu tio ter passado a exercer funções de feitor. Acrescentou que, havia existido, antes do Vauxhall, um carro que foi trazido do Brasil, em 1931, quando do regresso a Portugal, do Dr. Duarte Leite, por aposentação do alto cargo de embaixador, naquele país, cuja marca (?) era desconhecida. Porém dizia-se, que a montagem e ou, o fabrico, era de origem brasileira e que, relativamente à marca, era alcunhado de o “cachambeque”.

Quanto ao prédio constituído por dois pisos, que as três fotos documentam, foi destinado a garagem, (designada por “garagem nova”), com alojamento na parte superior, dotado de dois quartos e com quarto de banho, para o “Chauffeur” e para o Feitor.

As funções do feitor, na Casa de Vila Pouca, correspondiam a encarregado geral das actividades agrícolas e do pessoal da casa, com poderes de fiscalização e de promover a entre ajuda, dos rendeiros das quatro quintas, (Casas de habitação,  anexos, matas e terrenos), que lhes foram confiadas, mediante o pagamento de uma renda anual, no Outono, (pelo S. Miguel), em géneros agrícolas.

Tais quintas, sob a tutela da Casa de Vila Pouca, designadas por: “Vila Pouca”,Portelada”,  “Lages” e “Paredes”, nesta sequência, são todas contíguas, desde os dois moinhos, também estes da Casa de Vila Pouca, localizados, junto da Ponte de Casais (rio Sousa), até às proximidades da Capela de Santa Ana, a norte, no lugar de Romariz – Meinedo, zona limite com a vizinha freguesia de Boim, do concelho de Lousada.

Notas finais:

1.     Actualmente, as quintas de Lages e a de Paredes, já não pertencem ao clã da Casa de Vila Pouca, pertencem à conceituada Quinta da Aveleda, SA, sediada em Penafiel.

2.     No foto nº. 1, do ano 2007, vê-se, à direita, a existência duma repartição anexa, de um só piso. Aí funcionava um alambique para transformação de bagaço vinícola, em aguardente. Algumas vezes assisti ao seu interessante funcionamento.

3.    – Na foto nº. 1A, vê-se a janela sobre a porta da garagem que, a trepadeira, “ERA”, na Foto nº. 1, esconde. Neste foto, vêm-se também, à esquerda, uma fila de tílias, (são seis, mas não estão todas visíveis, neste foto), que dão nome àquele terreiro e ainda ao fundo, vê-se, o parque das carvalheiras.

4.    – Na foto nº. 2, do ano 2007, vê-se a fachada lateral do prédio garagem e as escadas de acesso ao piso de cima.


Sem comentários:

Enviar um comentário