terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Dr. Duarte Leite, inaugura monumento ao escritor português Eça de Queiroz, no Rio de Janeiro - Brasil (1923).

Monumento a Eça de Queirós, Rio de Janeiro, Brasil


       O Embaixador, representante de Portugal no Brasil, Dr. Duarte Leite, em 25-02-1923, às 14:00h, teve a honra de, conjuntamente, com o perfeito do Distrito Federal, Alaor Prata, representante brasileiro, inaugurar um monumento dedicado ao grande escritor e romancista português, EÇA DE QUEIROZ, nas então: Avenida Santos Dumont, na capital do Brasil: Rio de Janeiro.

       Abaixo:  Transcrevo parcialmente o conteúdo que relata este evento e que poderá ser consultado em:  http://rememorarte.info/?p=7800

“A inauguração ocorreu no dia 25 de fevereiro de 1923, às 14 horas, na Avenida Santos Dumont, atualmente Aparício Borges, e revestiu-se de solenidade. Estiveram presentes os Srs. Alaor Prata, prefeito do Distrito Federal; Duarte Leite, embaixador de Portugal; Visconde de Morais, Humberto Taborda, Artur Morais, escultor Pinto do Couto e senhora, escritora Júlia Lopes de Almeida, cônsul de Portugal, comissões da Associação dos Empregados no Comércio, da União dos Empregados no Comércio e da Academia Brasileira de Letras, artistas, literatos e jornalistas. Bandeiras brasileira e portuguesa cobriam o monumento, que foi descoberto pelos Srs. prefeito Alaor Prata e embaixador Duarte Leite, ante os aplausos de quantos ali se encontravam. O escritor Coelho Neto, principal propugnador da iniciativa, pronunciou um discurso oferecendo o monumento à cidade. O orador fez o estudo e o elogio da obra de Eça de Queiroz e assim concluiu a sua oração: “É a Eça, incontestavelmente, que se deve o meneio que hoje tem a língua portuguesa. A ele, o grande artista, devemos a fluidez e a beleza do idioma que hoje falamos”. Muitos aplausos recebeu o escritor patrício ao terminar o seu discurso, com o qual ficou encerrada a solenidade.”

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Duarte Leite - A Quinta da Casa Grande de Vila Pouca

 
 
 
Foto 1 – Casa do caseiro da Quinta da Casa de Vila Pouca – Vista Geral
 
 
 
Foto 2 – Casa do caseiro da Quinta da Casa de Vila Pouca – Vista parte da frente.
 
 
 
Foto 3 – Casa do caseiro da Quinta da Casa de Vila Pouca – Vista parte das traseiras.
 
 
 
Foto 4 – O beiral ou a casa da eira, onde eram armazenados os cereais, para serem debulhados e submetidos a secagem, ao sol, num espaço ladrilhado fronteiro, denominado, a eira.

 
 

Um apontamento pessoal, breve, do autor deste blogue,
sob o tema: “A Quinta da Casa Grande de Vila Pouca”



Nestas quatro imagens, que antecedem, estão retratadas as instalações rurais, ocupadas pelo caseiro da Quinta de Vila Pouca, propriedade que foi, do Prof. Dr. Duarte Leite Pereira da Silva e esposa, D. Maria Eulália Falcão Leite, localizada em Meinedo – Lousada

          A Quinta de Vila Pouca, é umas das quatro quintas, que em tempos, todas, estavam sob a tutela da Casa Grande de Vila Pouca, sendo esta quinta, a única, que se situa nas imediações daquela casa. Assim sendo, havia uma combinação antiga, de o caseiro prestar, colaboração e ajuda, em serviços agrícolas, nos espaços reservados e privados da referida Casa de Vila Pouca, nomeadamente, no seu grande pomar, de cerca de um hectare, todo murado, anexo à residência, mas só e quando, a pedido do seu feitor e, também, no transporte, em carros de bois, duma parafernália das variadas necessidades agrícolas.

Aquelas instalações, (fotos acima), do caseiro dos anos 50, conhecido pela alcunha de “Barqueiro”, que englobam: o casario, as matas e os campos, são espaços que bem conheço.

A minha mãe, pessoa de poucos recursos, que era a lavadeira e brunideira da Casa de Vila Pouca, foi-me lá colocar com apenas 12 anos, pouco depois de eu concluir a 4ª.classe da Escola Primária, onde permaneci, (casa do caseiro “Barqueiro”), como interno, a fim de executar tarefas, diversificadas, afins da agricultura, onde fiquei durante 3 anos: – De Janeiro de 1955, a Janeiro de 1958.

Nesse tempo, ainda não havia o conceito nem a proibição, de “trabalho infantil”.

Tais tarefas, julgo que cumpri de acordo com a minha fragilidade, sem que tenha algum dia, sido poupado de serviços à noite ou de madrugada, nomeadamente, à frente de juntas de bois, em várias circunstâncias e no lavrar dos campos, ou de enxada na mão, em várias atividades e no corte de matos, em tempos de muito frio ou de muito calor.

Muitas calcadelas, nos calcanhares, levei dos bois na acção de lavrarem grandes campos, quando, na frente deles, conduzindo-os, já cansado de palmilhar muito terreno, me atrasava na viragem para lavrar novo rego, justaposto, em sentido contrário.

As desfolhadas e as vindimas, são as actividades que melhor recordo e que mais saudades me deixaram, as quais culminavam em alegres festejos musicais, com bailaricos e com “comes-e-bebes”.
Também recordo, a boa comida que se comia na Casa de Vila Pouca, quando, com os bois, lhes eram prestados variados serviços de média ou de longa duração.
 
Notas: -  O foto 1  é da minha autoria. Data: Set.2007)
             - Os fotos 2, 3 e 4, são da autoria de Helder Leal e estes constam na Página do Facebook: Prof. Dr. Duarte Leite Pereira da Silva-1864-1950-Lousada