quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Dr. Duarte Leite, um portuense e um “tripeiro de gemma”

 
 
 



              Aqui, residiu o Prof. Dr. Duarte Leite Pereira da Silva,
(Prédio na Rua de Passos Manuel – Cidade do Porto)
 
 
 
 
 
Dr. Duarte Leite, um portuense e um “tripeiro de gemma” (1)
 
1.    – O prédio, situado na Rua de Passos Manuel, freguesia de Santo Ildefonso, Porto. (duas imagens anexas), no apartamento, com entrada pelo nº. 33, foi a última residência de solteiro do Prof. Dr. Duarte Leite. (Consta do seu assento de casamento, ocorrido em 20-04-1898).
 
-  A Rua de Passos Manuel, situa-se no centro da Cidade do Porto, mesmo defronte ao Edifício do Atneu Comercial do Porto, onde Duarte Leite, foi ali um orador muito escutado e aplaudido, nas várias conferências que aí proferiu.
 
2.    Teve outras moradas:
 
- Terá nascido na Rua de Santo André, freguesia de Santo Ildefonso – Porto, proximidades da Praça dos Poveiros, (cujo prédio, não foi possível determinar), porquanto aí moravam seus pais no ano de 1864, ano do seu nascimento. (Consta na sua genealogia )
 
3.    - Também há conhecimento que residiu na Rua de S. Lázaro, nº. 118, Porto, (actualmente, esta antiga rua, denomina-se: Avenida Rodrigues de Freitas, freguesia do Bonfim), isto quando leccionava na Universidade do Porto, anos de 1889 e 1890. (Consta nos registos desta).
 
NOTA: - Estes três itens já foram referenciados em anteriores publicações no Facebook - Endereço: https://www.facebook.com/pages/ProfDrDuarte-Leite-1864-1950-Lousada/218774448171079?fref=ts
             e também constam, transcritos, neste meu blogue: “O Professor, o Estadista, o Embaixador…”
 
oOo
 
VER NA TRANSCRIÇÃO, QUE SE SEGUE, UMA BREVE EXPLICAÇÃO RELATIVA ÀS VÁRIAS DESIGNAÇÕES DE TRIPEIROS , ATRIBUIDAS AOS NATURAIS DA CIDADE E DO DISTRITO DO PORTO.
Transcrição:
 
- Tripeiros de gemma são os portuenses, naturaes das freguesias do centro da cidade - Sé, Santo Ildefonso, Victoria, etc.
-  Tripeiro de clara são os das freguesias extremas - Bonfim, Campanhã, Paranhos, etc.
- Os tripeiros da casca são os que nasceram dentro do districto, mas já em outros concelhos”…
 
(1) As várias definições de tripeiros, foram transcritas do site “Porto Antigo”, cujo link se anexa:
 
 

 
 
 

 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Os rasgados elogios a D. Maria Eulália Falcão Leite, esposa do Embaixador Português no Brasil, Dr. Duarte Leite

 
Os rasgados elogios a D. Maria Eulália Falcão Leite, esposa do Embaixador Português, no Brasil, Dr. Duarte Leite
 
 
 
Foto acima, da Senhora de Vila Pouca, também tratada por D. Embaixatris, em Meinedo, num dos seus bem cuidados jardins, com multi-espécies de flores, multicolores, de que muito gostava,  em Maio de 1968, a poucos meses de se finar, em 13/10/1968
---o0o---
 
Os rasgados elogios à esposa do embaixador português, Dr. Duarte Leite, de nome: D. Maria Eulália Falcão Leite, quando ambos estavam na embaixada de Portugal, no Rio de Janeiro, Brasil. (Anos 20, Séc. XX.
(Na transcrição que se segue, chamo a atenção para a leitura do texto abaixo realçado com fundo amarelo, deste blogue)
 
Transcrição Parcial
 
Titulo: “COMO EU VI O BRASIL”: A MULHER E A EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA DE EMÍLIA DE SOUSA COSTA
Emília de Sousa Costa (1877- 1959) foi uma escritora e educadora que ocupou
um lugar singular na sociedade da época. Autora de livros educativos para mulheres, demarca-se dos radicalismos então em voga e defende uma concepção de educação feminina que incorpora a educação doméstica, a formação profissional, um conceito de civilidade próprio do género e a defesa da mulher como pilar da família, da sociedade e da pátria. A sua obra é prescritiva e de teor moralizante, mas defende o progresso e a modernidade, atribuindo à mulher um papel fundamental na construção do futuro.
          Para Emília de Sousa Costa, os laços entre as mulheres de lá e de cá do Atlântico eram fortes, com muitas semelhanças e cumplicidades, embora reconhecendo que a mulher brasileira apresentava “o seu quê de mistério”, que escapava à sua capacidade de análise. Mas isso não a impediu de estabelecer um olhar crítico, em que são utilizados critérios de análise similares.
“Não encontro uma diferença muito sensível no tipo da portugueza e
da brazileira. Há morenas e alvas. Olhos negros e azues, garços e esverdeados. Predomina, como entre nós no sul, a tez morena, olhos cor de bronze, ou negros. Há porém, no fundo de todos os olhos femininos brazileiros um mistério que eu, talvez por ser mulher, não sei desvendar. Esses olhos lembram-me não sei porquê, círios a arder perenemente em sensualidades capitosas. A languidez dos movimentos, um pouco oriental, torna as mulheres ondulantes e flexíveis como palmeirinhas tenras.
Mesmo as senhoras adiposas assumem por esse motivo um ar tão
«infantil, tão mimoso, tão frágil, que nos confunde e nos retém nos lábios qualquer tentativa de conversa fóra dos limites de assuntos leves, graciosos, caracterisadamente femininos.” (COSTA, 1925, pp.37-38)
          Emília de Sousa Costa encontrou as mulheres com quem se identificava
verdadeiramente nos estratos cultos da sociedade carioca, cujo modelo é seguramente retratado na família de Júlia Lopes de Almeida, acompanhada por suas filhas, todas elas apresentando elevadas capacidades artísticas e culturais. Este perfil de referência devia ainda aliar, a estas capacidades, a bondade, a distinção, a apresentação irrepreensível, o bom gosto, a sensibilidade.
 
Mas outras senhoras lhe mereceram rasgados elogios: a esposa do embaixador português, Doutor Duarte Leite, “alma lidima e enternecida de portuguesa, senhora de rara distinção, a prodigalisar-se em provas de bondade tamanha, para toda a colónia, que esta a adora, como se adora uma santa” (pág 58);
Maria Adelaide, com o seu “mavioso sorriso da angelical” e D. Josefa Quintanilha, pela “linha nobre” da sua presença (pág.62); D. Maroquinha Rabelo, “também conferencista e escritora que na sua dição primorosa nos revela todas as recônditas belezas dos versos” e D. Rosalinda Coelho Lisboa, “escritora de valor notável e poliglota” (p. 63); D. Maria do Carmo, esposa de Rui Chianca, “espírito angelical e lucidíssimo, figurinha deliciosa e frágil de uma virgem de marfim” (p.36); D. Otília, a bondosa esposa de Augusto Sarmento, ambos seus queridos amigos; e Madame Campos, “a enérgica e sábia cultora da plástica feminina” (COSTA, 1925, p. 36).
Nas ruas encontravam-se os diferentes tipos de mulher que compunham a sociedade brasileira, cruzando-se nos mesmos espaços, independentemente das suas origens sociais ou da missão que haviam escolhido para desempenhar ao longo da sua vida. Era um mundo que fervilhava e onde coabitavam os comportamentos mais puritanos com as novas formas de afirmação da mulher, nos espaços públicos, que caracterizaram os “loucos anos 20”. A sociedade carioca, multicultural e multiétnica, vivia “numa liberdade a todos os respeitos louvável e encantadora” e na Avenida Rio Branco, como em outros locais do Rio de Janeiro,
 
Extracto transcrito dos escritos sob o titulo:
MJ Mogarro, V Dias - sbhe.org.br
De: Maria João Mogarro
UI&DCE – Universidade de Lisboa
e de:Vera Dias
FPCE – Universidade de Lisboa
 

sábado, 6 de abril de 2013

Dr. Duarte Leite, embaixador português e sua esposa, D. Maria Eulália, inauguram Hospital Português, em RJ – Brasil, em 1927.


Dr. Duarte Leite, embaixador português e sua esposa, D. Maria Eulália Falcão Leite 
 
Nota: - O Hospital, inaugurado, situava-se em lugar fronteiro ao antigo Hospital da Beneficência Portuguesa do Rio de Janeiro, na rua de Santo Amaro, nº. 80 RJ (Glória) Brasil. 

Transcrição:

“A Inauguração do Hospital Português “VISCONDE DE MORAES, em Rio de JANEIRO – BRASIL, no ano de 1927, foi feita pela Embaixatriz de Portugal, na qualidade de esposa do Embaixador Dr. Duarte Leite, D. Maria Eulália Falcão Leite, no âmbito das Comemorações dos 87 anos da Sociedade Portuguesa de Beneficência do Rio de Janeiro, com a presença do seu presidente o Visconde de Moraes, do Almirante Gago Coutinho e de outros intervenientes.”
Abaixo, está também transcrito, o registo do acontecimento que alude a um pequeno filme documentário, de imagem e som, da Produtora Botelho Film

 Ver texto:
“A INAUGURAÇÃO DO HOSPITAL VISCONDE DE MORAES DA REAL SOCIEDADE PORTUGUEZA DE BENEFICÊNCIA
Outras referências de título:
HOSPITAL VISCONDE DE MORAIS DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE BENEFICÊNCIA DO RIO DE JANEIRO
Categorias
Curta-metragem / Silencioso / Não ficção

Material original
35mm, BP, 210m, 16q

Data e local de produção
Ano: 1927
País: BR
Cidade: Rio de Janeiro
Estado: DF
Identidades/elenco:
Moraes, Visconde de
Freitas, Teixeira de
Leite, Duarte Coutinho, Gago
Taborda, Humberto


Sinopse
Comemoração dos 87 anos da Sociedade Portuguesa de Beneficência do Rio de Janeiro e inauguração da clínica de mulheres para as associadas. Bênção pelo Vigário Geral do Rio de Janeiro. A embaixatriz de Portugal corta a fita inaugural na presença do coronel Teixeira de Freitas, representante do Presidente da República, do embaixador Duarte Leite, do almirante Gago Coutinho e aviadores do Argos. O sr. Humberto Taborda lê a ata de inauguração e faz o elogio do dr. Julio Ottoni, benemérito da casa, cujo busto em bronze também é inaugurado. O Visconde de Moraes, presidente da Beneficência Portuguesa, entrega o novo hospital e agradece a homenagem pelo fato do mesmo ter sido batizado com seu nome. Vista dos hospitais da Beneficência Portuguesa em geral e do Hospital Visconde de Moraes em particular. Jardim, porta de bronze, hall, escada e vitrais, enfermaria, quarto de recém-nascidos, estufa para bebês prematuros, banheiros, apartamentos. Apelo para novas sócias, acompanhado de tabela de preços."
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR:



Alguns dados relativos ao antigo e primitivo Hospital da Beneficência Portuguesa do Rio de Janeiro, cuja imagem, que antecede, a fachada, documenta.

Beneficência Portuguesa
Endereço
HOSPITAL DA BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DO RIO DE JANEIRO
Rua: Santo Amaro, n° 80 – Glória
Cidade Rio de Janeiro; Estado Rio de Janeiro: País Brasil; CEP Cep: 22.211-230.
Referências à sua construção:
A pedra fundamental foi lançada em dezembro de 1853 e as obras começaram logo em seguida. Apesar da expectativa de estar pronto em dois anos, o Hospital foi inaugurado no dia 16 de setembro de 1858, data de aniversário do rei d. Pedro V, de Portugal. Contudo só foi aberto para o público em Janeiro do ano seguinte (Em 07/01/1859).
Alguns dados relativos ao antigo Hospital da Beneficência Portuguesa do Rio de Janeiro, cuja imagem, que antecede documenta.(...)
- Há mais informação no site:
 


 
 

 


 


        
 
 
        
          
 
    
 
          
 
       
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 

terça-feira, 12 de março de 2013

Genealogia do Prof. Dr. Duarte Leite Pereira da Silva

 
Genealogia do Prof. Dr. Duarte Leite Pereira da Silva
 
Transcrição do texto constante no: - Diário Oficial do Estado de S. Paulo nºs de 21/6/1952, p. 62; de 17/8/1952, p. 32; e de 14/4/1954, p. 8 e, no Site: - http://genealogias.info/1/upload/leites.pdf

“TENTATIVA DE DEDUÇÃO GENEALÓGICA DA FAMÍLIA LEITE

1. Manuel Leite e sua mulher Maria Pereira, de Peso da Régua, foram pais de, pelo menos:
2. José Leite Pereira dos Guimarães, casado, com Quitéria Maria, que seguem.
2. José Leite Pereira dos Guimarães, de Peso da Régua, casou com Quitéria Maria, também de Peso da Régua, filha de André Lourenço, da freguesia de Parada do Reino da Galiza, Bispado de Tui, e de sua mulher Ana Mourão, da freguesia de Lordelo do Arcebispado de Braga.
Foram pais de, pelo menos:
3. Maria Margarida Leite, casada com José Pereira da Silva, que seguem.
3. Maria Margarida Leite, natural de Peso da Régua, onde casou, na Igreja de S. Faustino, em 20.11.1811 com José Pereira da Silva (ou José da Silva Chasco). Foram testemunhas do casamento José Pinto Ribeiro, Alferes do Batalhão de Caçadores nº 3, e José Correia, casados, ambos de Peso da Régua. José Pereira da Silva nasceu no lugar de Vacalar, freguesia de Armamar, e era filho de Pedro José da Silva, da freguesia de Armamar, Bispado de Viseu, e de sua mulher Ana Maria Josefa, da freguesia de Sanhoane; neto paterno de António José Pinto e de sua mulher Maria dos Santos, ambos de Armamar; neto materno de José Caetano Taínho e de Ana Maria Josefa, ambos de Sanhoane.
 Maria Margarida e José viviam em 1861 em Peso da Régua e foram pais, pelo menos, dos seguintes dois filhos:
                41 Francisca Leite da Silva ou Leite Pereira, que nasceu entre 1816 e 18291 na freguesia de S. Faustino de Peso da Régua, Vila Real.
"AVÓ PATERNA DE DUARTE LEITE PEREIRA DA SILVA"
_____________
(1) Não foi encontrado o seu nascimento até 1.6.1816. A partir desta data faltam no entanto os assentos de baptismo de S. Faustino até 1829.
Era moradora na Praça da Batalha quando casou, na Sé do Porto, em 10.9.1853, com José Dias de Almeida, ourives e industrial no Porto, que nasceu na freguesia de S. Miguel de Baltar em 16.11.1829, filho de António de Almeida, nascido em Cela, e de sua mulher Maria Dias de Oliveira.
CG referida em Dias de Almeida, do Porto.
4.2 Rafael Leite Pereira da Silva, nascido na Régua por volta de 1832, casado com Isabel Maria da Soledade, que seguem.
4. - Rafael Leite Pereira da Silva, Capitão da Marinha Mercante e proprietário.
Nasceu em Peso da Régua em 16.3.1832 e foi baptizado na paroquial de S. Faustino em a 16.4, sendo padrinho Rafael Zeferino Teixeira de Resende e assistente Manuel Leite Pereira, ambos da Régua.
Vivia no Porto, onde era morador na Rua Firmeza quando casou, aos 29 anos de idade, na Igreja do Senhor do Bonfim, em 18.9.1861, com Isabel Maria da Soledade, com 23 anos, nascida no Porto (Cedofeita) por volta de 1838 e moradora na freguesia da Sé, filha de pais incógnitos. As testemunhas do casamento foram Duarte Lopes da Silva, solteiro, proprietário, morador na Rua do Sol, e Caetano Gomes, casado, servente da Igreja do Bonfim.
É dito marítimo no assento de baptismo da filha Isabel, proprietário no do filho Duarte.
Rafael e Isabel eram moradores em 1864 na Rua de Sto. André, freguesia do Bonfim, e tiveram pelo menos os dois filhos seguintes:
5.1  - Isabel, nascida em Sto. Ildefonso em 24.11.1862. Foi baptizada em 11.12 e foram seus padrinhos João Pereira Martins, solteiro, negociante, morador na Rua da Alegria, e D. Ana Joaquina da Silva Lopes, solteira, moradora na Rua do Sol.
5. 2 - Duarte Leite Pereira da Silva, professor, ministro, diplomata, etc., nascido em 11.8.1864, casado com Eulália Falcão, que seguem.
5. Duarte Leite Pereira da Silva, notável erudito, diplomata e homem político, professor e historiador, que nasceu no Porto (Sto. Ildefonso) em 11.8.1864. Foi baptizado em 5.9 e foram seus padrinhos Duarte Lopes da Silva, solteiro, proprietário, morador na Rua do Sol, freguesia da Sé, e D. Maria Emília, solteira, moradora também na Rua do Sol.
Morreu no Porto, com 86 anos, em 28.9.1950.
Fez os seus estudos primários entre o Porto e o Brasil e a instrução liceal em Lisboa, no Colégio dos Jesuítas de Campolide.
Formou-se na Universidade de Coimbra em 1885, nas Faculdades de Matemática e Filosofia, com a tese Integração das diferenciais algébricas, licenciando-se em Matemática em 1886.
Nesse mesmo ano entrou para o corpo docente da Academia Politécnica do Porto, onde regeu, durante vinte e cinco anos, até 1911, as cadeiras de Geometria Descritiva e Projectiva, Astronomia, Geodesia, Topografia e Mecânica Racional.
Segundo a GEPB, era um professor altamente considerado, pela sua competência e pela sóbria clareza das suas prelecções.
De vasta cultura e mentalidade formada dentro dos princípios liberais, tomou parte activa na propaganda das ideias republicanas, escrevendo artigos sobre os vários problemas sociais e de administração do Estado, sobretudo na Voz Pública e no diário A Pátria, de que foi fundador e Director.
Por este motivo, foi convidado, como sucedeu com várias individualidades da época de todos os meios sociais e académicos e mesmo militares, para integrar o Directório do Partido Republicano, de que fez parte entre 1897 e 1899 e que esteve na origem do Grupo Republicano de Estudos Sociais, que viria a ser um importante elemento favorável à implantação da República, ao mostrar à opinião pública nacional e internacional que os republicanos portugueses não eram um grupo de agitadores e desordeiros mas sim uma alternativa credível à Monarquia.
Entre 1907 e 1908, na sequência da vitória autárquica de uma lista de inspiração republicana, fez parte da vereação municipal da Câmara do Porto presidida por Jacinto de Magalhães como representante republicano. Foi também por essa altura candidato a deputado pelo Porto. 
Em 1910 foi Presidente da Assembleia Comercial Portuense e foi nomeado vogal do Conselho de Administração da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses,
cargo que abandonou ao ser convidado para Ministro das Finanças no governo presidido por João Pinheiro Chagas (Set.-Nov. 1911).
De 16.6.1912 a 9.1.1913 foi chefe do Governo, acumulando com a pasta do Interior. Este Executivo, que integrava democráticos, evolucionistas e unionistas, teve que enfrentar e resolver a greve do pessoal da Companhia dos Carris de Ferro de Lisboa, que teve momentos de séria gravidade.
De 1914 a 1931 foi Embaixador de Portugal no Rio de Janeiro e, simultaneamente, entre 1915-1917 e 1918-1919, Senador pelo Círculo do Porto.
Durante a sua permanência no cargo de Embaixador no Brasil, que exerceu com o maior prestígio e distinção, escreveu várias memórias para uma história da colonização no Brasil.
Regressado a Portugal depois da sua aposentação por limite de idade, em 1931, instalou-se na sua casa em Meinedo, Lousada, onde continuou a escrever, nomeadamente sobre a história de Portugal e a história dos Descobrimentos.
Colaborou também com os periódicos Primeiro de Janeiro e Seara Nova Bem com uma série de artigos sobre temas de História, Geografia e outros.
Pertenceu à Maçonaria, onde foi iniciado em 1892, na loja União Latina, sob o nome de Confúcio.
Publicou as seguintes obras: Os falsos precursores de Álvares Cabral (Lisboa 1921); Descobridores do Brasil (Porto 1931); Acerca da "Cronica dos feitos de Guinee" (Lisboa 1941); Contra o espiritismo: comentários à sua defesa por um espírita graduado (Porto 1946); Lendas na história da navegação astronómica em Portugal (Coimbra 1950); História dos descobrimentos: colectânea de esparsos (dois volumes, Lisboa 1958 e 1959); Discussão sobre o quadro da Misericórdia do Porto (Lisboa, s/d).
Casou com Eulália Falcão, de quem teve três filhas e um filho, sabendo-se por enquanto apenas dos dois seguintes:
6.1 - Rafael, que ficou a viver no Brasil. É por certo o Rafael Falcão Leite referido em vários números do Diário Oficial do Estado de S. Paulo de 1952 e 19542 como português, casado. comerciante, domiciliado e morador nesta capital [S. Paulo], à Rua Queluz n. 98, que era Director-Comercial e mais tarde Director-Presidente da firma Araguaia de Tecidos, S.A., com sede na Rua da Conceição, 537 (cujo activo em 1954 era de cerca de 100 milhões de cruzeiros).
6.2 - Isabel Falcão Leite, que casou com Manuel Antas de Oliveira, filho de Alberto de Oliveira (nascido no Porto (Bonfim) em 13.6.1873 e f. em S. Mamede de Infesta em 23.4.1940) e de sua mulher Josefina Cândida Furtado de Antas (nascida também em 1873 em Sta. Maria da Porta, Melgaço), com quem casou em S. Mamede de Infesta em 10.9.1894. Neto paterno de Francisco António Pereira de Oliveira, natural de Ervededo, Chaves, e de Carlota Sofia, também de Ervededo; neto materno de João Cândido Furtado de Antas, Bacharel formado em Direito pela UC, Administrador do Concelho de Viana do Castelo e fundador do jornal Aurora do Lima, 10º Senhor da Casa da Preguiça, em Portuzelo, Viana do Castelo, e de sua mulher Corina Cândida Ribeiro Pereira.
Pais de:
7. - Isabel Maria Leite de Antas de Oliveira, que vive (em 2011) viúva e doente num Lar no Porto.
Casou em 2.5.1951 com Paulo de Melo Mexia Pinto de Mesquita, nascido em 25.4.1921, filho de Simeão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães, Bacharel formado em Direito pela UC, Advogado, Deputado à Assembleia Nacional, Vereador da CM do Porto, Presidente da Assembleia-Geral do Club Portuense, etc., e de sua mulher Maria Henriqueta de Melo Sampaio Mexia, Senhora da Casa de Sezim, em Nespereira, Guimarães, e da Casa de Vila Boa, em Joane, Vila Nova de Famalicão. Neto paterno de António Pinto da Mesquita de Carvalho Magalhães, Bacharel formado em Direito pela UC, Advogado e Jurisconsulto, Governador Civil do Porto, Presidente da Assembleia Geral do Club Portuense, etc., Senhor da Casa de Vila Verde, em Caíde de Rei, Lousada, e do Paço de Carvalhosa, e de sua mulher Felismina do Carmo Barbosa; neto materno de Luís Fernando Coelho de Melo Mexia e de sua mulher Maria Brígida de Melo Sampaio, de Silvares, Lousada.
Não tiveram geração”.
_____________________
(2 )  Diário Oficial do Estado de S. Paulo nºs de 21/6/1952, p. 62; de 17/8/1952, p. 32; e de 14/4/1954, p. 8. e no Site: - http://genealogias.info/1/upload/leites.pdf