Foto 1 – Casa do caseiro da Quinta da Casa de Vila Pouca – Vista Geral
Foto 2 – Casa do caseiro da Quinta da Casa de Vila Pouca – Vista parte da frente.
Foto 3 – Casa do caseiro da Quinta da Casa de Vila Pouca – Vista parte das traseiras.
Foto
4 – O beiral ou a casa da eira, onde eram armazenados os cereais, para serem debulhados
e submetidos a secagem, ao sol, num espaço ladrilhado fronteiro, denominado, a eira.
Um
apontamento pessoal, breve, do
autor deste blogue,
sob o
tema: “A Quinta da Casa Grande de Vila Pouca”
Nestas
quatro imagens, que antecedem, estão retratadas as instalações rurais, ocupadas
pelo caseiro da Quinta de Vila Pouca, propriedade que foi, do Prof. Dr. Duarte
Leite Pereira da Silva e esposa, D. Maria Eulália Falcão Leite, localizada em
Meinedo – Lousada
A Quinta de Vila Pouca, é umas das quatro quintas, que em tempos, todas, estavam sob a tutela da Casa Grande de Vila Pouca, sendo esta quinta, a única, que se situa nas imediações daquela casa. Assim sendo, havia uma combinação antiga, de o caseiro prestar, colaboração e ajuda, em serviços agrícolas, nos espaços reservados e privados da referida Casa de Vila Pouca, nomeadamente, no seu grande pomar, de cerca de um hectare, todo murado, anexo à residência, mas só e quando, a pedido do seu feitor e, também, no transporte, em carros de bois, duma parafernália das variadas necessidades agrícolas.
Aquelas instalações, (fotos acima), do caseiro dos anos 50, conhecido
pela alcunha de “Barqueiro”, que
englobam: o casario, as matas e os campos, são espaços que bem conheço.
A minha mãe, pessoa de poucos recursos, que era a lavadeira e
brunideira da Casa de Vila Pouca, foi-me lá colocar com apenas 12 anos, pouco depois
de eu concluir a 4ª.classe da Escola Primária, onde permaneci, (casa do caseiro
“Barqueiro”), como interno, a fim de executar tarefas, diversificadas, afins da
agricultura, onde fiquei durante 3 anos: – De Janeiro de 1955, a Janeiro de
1958.
Nesse tempo, ainda não havia o conceito nem a proibição, de “trabalho infantil”.
Tais tarefas, julgo que cumpri de acordo com a minha
fragilidade, sem que tenha algum dia, sido poupado de serviços à noite ou de
madrugada, nomeadamente, à frente de juntas de bois, em várias circunstâncias e
no lavrar dos campos, ou de enxada na mão, em várias atividades e no corte de
matos, em tempos de muito frio ou de muito calor.
Muitas calcadelas, nos calcanhares, levei dos bois na acção de
lavrarem grandes campos, quando, na frente deles, conduzindo-os, já cansado de
palmilhar muito terreno, me atrasava na viragem para lavrar novo rego,
justaposto, em sentido contrário.
As desfolhadas e as vindimas, são as actividades que melhor
recordo e que mais saudades me deixaram, as quais culminavam em alegres
festejos musicais, com bailaricos e com “comes-e-bebes”.
Também recordo, a boa comida que se comia na Casa de Vila Pouca,
quando, com os bois, lhes eram prestados variados serviços de média ou de longa duração.
Notas: - O
foto 1 é da minha autoria. Data: Set.2007)
- Os
fotos 2, 3 e 4, são da autoria de Helder Leal e estes constam na Página do Facebook: Prof. Dr.
Duarte Leite Pereira da Silva-1864-1950-Lousada
Link.: https://www.facebook.com/#!/pages/ProfDrDuarte-Leite-1864-1950-Lousada/218774448171079?fref=ts
www.olhardireito.blogspot.com
ResponderEliminarNo comments
Eliminar